Para entender estes fatores é importante falarmos sobre a adenosina trifosfato (ATP) que é a fonte imediata de energia química para a contração muscular.
Como os depósitos intramusculares de ATP são pequenos, a regeneração contínua de ATP é fundamental para a manutenção da produção de força muscular durante o exercício. Em condições de produção de muita energia (como aquelas observadas durante o exercício de sprint de alta intensidade ou na própria musculação), isso é obtido por meio da produção não oxidativa de ATP (anaeróbica) seguido de uma quebra de creatinafosfato (PCr) ou da degradação do glicogênio muscular em lactato.
Quando há uma baixa produção de energia para desempenho prolongado de endurance, o metabolismo oxidativo ou aeróbico dos carboidratos (glicogênio muscular e glicose presente no sangue) e de gorduras oferece praticamente todo ATP necessário para processos celulares que dependem de energia dentro do músculo esquelético. Esses processos metabólicos e sua importância durante o exercício já são bem conhecidos.
Atenção considerável foi dada aos mecanismos potenciais de fadiga responsáveis pelo declínio da força e/ou da produção de energia pelo músculo esquelético durante o exercício e o papel que os fatores metabólicos desempenham nessas alterações. Esses fatores metabólicos podem ser categorizados de forma abrangente como a depleção de substratos de energia.
Dentre os vários fatores de fadiga, podemos destacar dois:
:: PCr. Fosfocreatina
O fosfato de alta energia, a creatina-fosfato -- PCr, desempenha um papel fundamental como auxiliar na reposição de ATP durante a atividade muscular (PCr + ADP <=> Cr + ATP). Os níveis de PCr no músculo podem ser quase totalmente depletados totalmente após o exercício máximo e essa depleção contribui para o rápido declínio na produção de energia observada durante o referido exercício A recuperação da capacidade de geração de energia após o exercício máximo está intimamente ligado à ressíntese de PCr. A maior disponibilidade de PCr no músculo é uma possível explicação do melhor desempenho durante os exercícios de alta intensidade como observado algumas vezes após a suplementação dietética de creatina .
:: Lactato
A rápida quebra de glicogênio e glicose no músculo durante o exercício intenso causa um grande aumento na produção do ácido lático. Uma consequência mais importante é o aumento na concentração intramuscular de H+ (pH reduzido e acidose) que está associado a uma alta taxa de quebra de ATP, a produção não-oxidativa de ATP e os movimentos de íons fortes (por exemplo, K+) através da membrana celular do músculo. Em contraste, a capacidade de manter a força e a produção de energia em seres humanos é comprometida pela acidose, sendo que uma possível explicação seria o turnover reduzido de ATP.
Deve-se notar que no músculo esquelético humano, a acidose pode inibir a quebra de glicogênio e a produção oxidativa de ATP. Além disso, a ingestão de bicarbonato de sódio e ou citrato de sódio, um agente alcalinizante, retarda o tempo necessário para o surgimento da fadiga durante os exercícios de alta intensidade como por exemplo a musculação.
Uma forma inteligente de controlar a fadiga é associação dos dois produtos, creatina com bicarbonato de sódio e citrato de sódio. Assim teremos uma grande arma para na diminuição da fadiga, aumento de força e consequente maior hipertrofia muscular ou melhora do rendimento em exercícios que exigem explosão (lutas), e em algumas situações de exercícios longos, onde a reserva de glicogênio precisa ser preservada (corrida, natação bike).
Educacaofisica
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