A síndrome do overtraining, ou excesso de treinamento físico, é definida como uma resposta generalizada ao estresse em atletas e caracterizada por fadiga persistente, perda de rendimento, alterações bioquímicas e no estado de humor, entre outras variáveis psicológicas. Ocorre primariamente pelo aumento do volume e/ou intensidade de treinamento.
Atualmente, o esporte é altamente competitivo, particularmente entre atletas de elite. Com um número crescente de informações disponíveis, a partir de pesquisas relacionadas ao campo esportivo fisiologistas, técnicos e atletas conhecem cada vez mais sobre programas de treinamento e, consequentemente, observa-se uma alteração substancial nos métodos de treinamento.
A associação de um programa exaustivo de treinamento (pelo aumento do volume e/ou pela intensidade de treinamento) com insuficiente período de recuperação e, consequente prejuízo da performance por longos períodos de tempo (diversas semanas ou meses), caracteriza a síndrome do overtraining. Além disso, outros sinais/sintomas estão presentes, como fadiga generalizada, perda de coordenação, náusea, aumento de infecção bacteriana, queda na concentração nos treinamentos, depressão, apatia, dores musculares e nas articulações, infecções do trato respiratório e perda de apetite.
Dentre os principais sintomas, podemos citar: queda no desempenho no treino, menor tolerância à sobrecarga de treinamento, diminuição da força muscular, insônia, dores musculares e na cabeça, depressão, apatia e instabilidade emocional.
O estímulo necessário para a indução do overtraining não pode ser definido com exatidão devido a sua gênese multifatorial. Uma melhor compreensão dos mecanismos deve incluir uma avaliação individual meticulosa dos fatores de estresse psíquicos e sociais, aliado às informações detalhadas sobre treinamento, competição e alimentação.
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