Criada pelos escravos no Brasil colônia, a capoeira vem evoluindo na sua forma de praticar. Através da mistura de ritmos africanos e brasileiros a capoeira adquire uma identidade única na qual é reconhecida mundialmente como a arte marcial brasileira.
:: DA MARGINALIZAÇÃO ÀS ALTAS RODAS
No inicio do século do século XX a capoeira passou de proibida por lei, a esporte praticado nas academias e escolas. O baiano Mestre Bimba sistematizou a prática da capoeira e criou uma metodologia de ensino chamado Capoeira Regional que revolucionou a arte sendo reconhecida pelas classes mais altas da sociedade. Outro baiano, o Mestre Pastinha, mais tradicional, responde pelo estilo Capoeira Angola, com ritmo e movimentos mais lentos que a Capoeira Regional.
A partir daí a capoeira ganha identidades diferentes nos estados da Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro, sendo difundida para o mundo como a arte-luta brasileira. Atualmente é um dos meios de maior difusão da cultura brasileira no exterior, presente nos cinco continentes. Uma das principais características da capoeira é a musicalidade tendo o berimbau como seu instrumento mestre que rege o ritmo e estilo de jogo. Além do atabaque, pandeiro e agogô, tem as palmas e cânticos que transformam a capoeira numa expressiva forma de arte corporal.
:: PARA TODOS
Qualquer pessoa pode praticar capoeira desde que se respeite a condição física e que seja acompanhada por um professor. Como qualquer outra atividade física é recomendado realizar uma avaliação física e medica antes de iniciar os treinos.
A capoeira é praticada em forma de jogo onde os capoeirista formam uma roda e ao som do berimbau desferem golpes e floreios. Numa roda é possível participar de várias formas, seja jogando ou batendo palmas e cantando. O movimento base da capoeira é a ginga, que é regida e cadenciada pelo ritmo da música, seja ela mais lenta ou acelerada. Da ginga se desenvolvem golpes como o martelo, a meia lua e a benção. É uma ginástica completa, pois trabalha todo o corpo e proporciona momentos de diversão e concentração.
RevistaMensch
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