Já começou uma atividade física e desistiu no meio do caminho? Se sim, não se culpe. Isso acaba sendo mais comum do que se imagina. Para diminuir os riscos de desistir nessa longa jornada é necessário motivação. E se a desculpa principal para não praticar exercícios for o tempo frio ou a chuva, saiba que no inverno queimamos mais calorias para manter o corpo na temperatura ideal.
De acordo com o educador físico em Recife, Arthur Rodrigo Silveira, a execução de uma determinada atividade física e sua motivação vão de acordo com a relação que cada indivíduo tem com seu contexto bio-psico-social. “Esse contexto não é igual entre todo mundo (mesmo para pessoas da mesma família). A motivação varia muito de acordo com os objetivos de cada um e do meio em que se vive”, explica.
O médico Frederico Ramos, 39 anos, é um exemplo disso. Ele malha há três anos e fala que decidiu realizar uma atividade física para aliviar as tensões do dia a dia e melhorar a disposição para suportar as muitas horas de trabalho que enfrenta. Para ele é importante colocar o exercício como fator essencial como comer, dormir e escovar os dentes.“Sempre recomendo aos meus pacientes que busquem alguma empresa ou entidade responsável para começar um novo hábito”, conclui.
¨Para quem está iniciando uma atividade física, os objetivos da prática devem estar bem definidos desde o princípio. Segundo o profissional, quem resolve deixar o sedentarismo de lado deve isso a alguma necessidade física, como por exemplo, uma recomendação médica. “O que vai manter o praticante em pleno vigor esportivo ou físico é o que o motivou inicialmente para estar ali”, destaca o professor. Ou seja, se o que o motivou para começar foi uma causa externa, isso pode ser um dos motivos que o levem para a desistência.
A psicóloga Maria Helena de Barros, do CPPL (Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem), explica que é preciso entender que a prática de atividades físicas é benéfica para a mente e para o corpo de qualquer indivíduo. “Pessoas que não estão bem emocionalmente sentem-se mais desmotivadas que outras, e é exatamente neste momento que, mesmo sem motivação, é necessário fazer um esforço para cuidar de si próprio”, afirma.
O estudante Eduardo Aroucha, 25 anos, mantém há um ano e meio o hábito de se exercitar regularmente. Ele fala que, no início, o que o motivou foi a razão estética. Porém, com o tempo, ele percebeu melhoras na capacidade de concentração, disposição para prolongar as horas de estudo, entre outros benefícios. Eduardo fala sobre sua estratégia para não se sentir desmotivado: “Sempre penso que atividade física diária melhora minha qualidade de vida. Eu não fico tão cansado ao realizar qualquer tarefa, adquiri hábitos saudáveis e fiz novos amigos que praticam junto comigo”.
RevistaMensch
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