Consultar um médico ou nutricionista antes de utilizar qualquer suplemento é fundamental.
Os suplementos vitamínicos estão em toda a parte, nas propagandas na TV, no rádio, revistas e nas gôndolas das farmácias. Mas será que estes produtos cumprem a função que prometem? Será que não trazem riscos à saúde?
"Estes produtos oferecem riscos à saúde quando tomados sem indicação médica, sem fazer exames prévios como, por exemplo, avaliação de fígado, rins, necessidades especiais, entre outros", diz a nutróloga e ortomolecular Liliane Opperman.
Para que a pessoa tenha os benefícios da suplementação é fundamental que ela passe por uma consulta médica.
Liliane explica que as contraindicações são bem especificas: "Quando a pessoa tem uma gastrite, não deve usar um suplemento em cápsula e sim em shake. Tudo deve ser avaliado". E completa: "Outro exemplo é o de uma pessoa com anemia. A contraindicação é usar cálcio nas refeições com carne. Mas se ela também tem necessidade de cálcio, que seja em outro horário."
Segundo a nutricionista, não existe um período máximo pré-determinado para o consumo de suplementos. Desde que acompanhado por um médico não há problemas, lembrando que o ser humano é mutável. "A suplementação de hoje pode ser diferente da de daqui a um mês", diz a nutróloga.
Outro alerta é que muitas associações de vitaminas e minerais podem ser benéficas ou maléficas, pois os nutrientes correm o risco de competir por absorção, por exemplo, cálcio e ferro, ou ainda um potencializar o aproveitamento do outro, como no caso da vitamina C e do ferro. Por isso, Dra. Liliane ressalta que a ingestão de suplementos é geralmente indicada pelos médicos quando a alimentação é insuficiente.
"Quando uma pessoa faz uma dieta com calorias restritas para emagrecimento, é provável que ela não se consiga suprir todos os nutrientes necessários", afirma a ortomolecular. Outra indicação é quando se espera um efeito terapêutico de um mineral, proteína ou vitamina. "Suplementação de Vitamina C em estado gripal é superior à necessidade diária da vitamina, pois se espera efeito terapêutico", exemplifica a doutora.
Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas devem ter atenção redobrada. Segundo a nutróloga, as crianças, além de terem que ser supridas para o gasto energético normal (quantidade de energia necessária diária), elas contam com o fator crescimento que tem que ser avaliado principalmente nos períodos de estirão (o primeiro estirão vai dos dois aos sete anos de idade). "Lembrando que além do crescimento existe o desenvolvimento no qual qualquer carência terá repercussões graves", diz Liliane.
Segundo a médica, pessoas com doenças crônicas têm um aumento de necessidades de certos nutrientes em decorrência da própria patologia e devem ser suplementados se o médico julgar necessário. No caso dos idosos, a nutróloga diz que é comum que eles tenham diminuição de absorção de certos substratos. "Como é uma faixa etária suscetível a doenças crônicas, eleva mais ainda mais a necessidade de suplementação", finaliza a ortomolecular.
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